Specialized demite funcionários da equipe de suporte global

Fundador da empresa confirma demissões e alega que várias mudanças podem ser necessárias após a pandemia

A pandemia do coronavírus tem afetado até mesmo os grandes fabricantes de bicicletas. Após reavaliar a posição econômica da empresa após o lockdown em diversos países, Mike Sinyard, fundador da Specialized, afirmou que foi necessário demitir 7% dos funcionários, principalmente do setor de suporte global.

França, Espanha e Itália encerraram quase todas as atividades ao ar livre por vários meses, incluindo ciclismo. Outros países, como a Alemanha, só começaram a reabrir o comercia esta semana. Considerando que boa parte da receita da Specialized vem da Europa, Sinyard alegou a necessidade das demissões, que foram principalmente nos setores de atendimento ao cliente, compras, logística, marketing e diversas em gerenciamento de produtos. Todos aqueles que deixaram o cargo receberam uma indenização “generosa”, disse Sinyard.

Quanto a outras demissões, Sinyard acrescentou: “O futuro é bastante incerto e estamos fazendo todo o possível para reter os melhores talentos. Mas estamos muito otimistas quanto ao futuro da empresa e do ciclismo”.

Sinyard também disse que a gerência sênior está recebendo uma redução de 30% em seus salários.

Em uma carta enviada aos revendedores, Sinyard deixou claro que a crise gerada pela pandemia do coronavírus obrigou a empresa a avaliar suas prioridades e seus objetivos. “Lamentavelmente, alguns dos nossos funcionários fizeram um bom trabalho para nós, mas não são mais necessários e temos que abrir espaço para novas pessoas. Eu sei que isso soa duro, mas é assim que as coisas são “, disse ele.

A empresa precisa reorientar seus investimentos para manter suas capacidades, recursos, estruturas e equipes necessárias no que será um novo futuro. “No momento, é fundamental avaliarmos a organização em relação à nossa visão, alinhar nossa equipe com o plano e investir em pessoas que nos levarão para o futuro”, disse ele na carta.

Sinyard alertou os revendedores que futuras mudanças podem ser desagradáveis. “Teremos que ser mais flexíveis no trabalho que fazemos e pode ser que tenhamos de mudar a maneira como sempre fazemos as coisas”, disse ele.