Numerais de corrida: colecionar ou reciclar?

Foto: Ney Evangelista

O que você faz quando termina uma competição? Deixa a placa na bike e leva para casa, com o intuito de guardar a lembrança daquela disputa épica? A CIMTB propõe que os numerais não façam parte do acervo de memórias dos atletas.

Em busca da preservação ambiental, a CIMTB Michelin adotou a reutilização de seus numerais, alcançando mais de 40 mil placas reaproveitadas, diminuindo a geração de lixo do evento. Projeto existe há cerca de 5 anos


Foto: Alemão Silva

Ao receber a bandeirada na CIMTB Michelin, os competidores ganham muito mais do que um desafio, eles se colocam junto com o evento no objetivo do Desenvolvimento Sustentável. As placas com os chips são devolvidas para a organização na saída do atleta da prova e passam por um processo de limpeza para serem reutilizados na próxima etapa. Apesar do evento investir financeiramente na mão de obra para a limpeza e na conferência de cada chip, seria mais rentável produzir novas placas, por outro lado, isso iria na contramão da preservação ambiental, segundo o organizador Rogério Bernardes.

Há cerca de cinco anos o evento mantém esse projeto e já deixou de produzir mais de 40 mil placas evitando a geração de lixo. Lembrando que dentre os materiais utilizados na produção estão o PVC, lona, tinta e o chip, que no caso seria lixo eletrônico. Todos estes materiais são tóxicos para a natureza. “Trabalhamos com um esporte que tem a natureza como palco e temos que respeitar o que ela nos proporciona. Portanto, é mais do que sensato mantermos nesse caminho, fortalecendo nossos valores”, afirmou o organizador Rogério Bernardes.


Rogério Bernardes em Petrópolis – Foto: Ney Evangelista

A ação consta no regulamento do evento que ressalta ainda que mesmo o atleta que desistir na pista deve devolver os numerais na secretaria. Caso o competidor não devolva os numerais, ele paga uma taxa extra de R$ 50 na realização da inscrição de uma próxima etapa. “Quando o atleta fica com a placa, não conseguimos reutilizar na próxima etapa, pois temos que reorganizar tudo e acabamos tendo que descartar essa placa e também o chip. Porém, o volume de perda é tão pequeno que gostaria de aproveitar para agradecer e parabenizar os atletas pois sem a ajuda de cada um deles estes resultados não seriam possíveis. E esta taxa de R$ 50,00 praticamente nunca precisamos aplicar”, explicou Rogério.


Elite Feminina e suas placas específicas – Foto: Fabio Piva

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