Etapa 3 tem brasileiro e chileno no pódio da Brasil Ride

Hans Becking assumiu a liderança no masculino, enquanto Tessa Kortekaas continua na ponta do feminino

A largada foi realizada em duas etapas de um ‘cross country’ remodelado (Créditos: Alemão Silva/ Brasil Ride)

22 de outubro de 2024 – E o sol deu o ar da graça para ajudar a ‘secar a pista’. O vento também ajudou a espalhar um pouco as nuvens e a temperatura aumentou nesta 3ª etapa da Brasil Ride. A briga pela primeira posição está acirrada na elite masculina, e a prova de hoje, na região da Cajuita, teve que ser remodelada – pois o terreno super encharcado e enlameado trazia riscos aos participantes. Portanto a organização decidiu por manter a segurança dos ciclistas.    Na reunião de alinhamento realizada no jantar de premiação do dia 21 e repassada nesta manhã, o diretor de provas da Brasil Ride, Rafael Campos, informou como seria a prova dessa 3ª etapa, escolhendo um trajeto que tivesse dificuldades, porém seguro. A prova contou com duas largadas: uma às 8h30 e outra às 11h30 e um percurso de 68 km e 1.660 m de altimetria acumulada, passando duas vezes pelo pórtico da largada no acampamento. “Teve bastante lama, trechos de asfalto, pontes, erosão. Como uma espécie de Cross Country, os ciclistas tiveram o percurso em duas voltas próxima a arena e a cronometragem eletrônica e os pontos de controle fizeram parte do caminho, mas a contagem dessas voltas ficou por conta de cada participante”, comentou.

O percurso teve quase 70 km passando duas vezes pelo pórtico da largada no acampamento (Créditos: Alemão Silva/ Brasil Ride)

Subidas, erosão e chão encharcado: os desafios cobraram força e superação dos atletas  (Créditos: Ney Evangelista/ Brasil Ride)

O investigador da Polícia Civil do Estado da Bahia, Gilmar Pereira, junto com alguns parceiros de trabalho –, o investigador Bruno, o investigador Roberto, a escrivã Rosa, e o delegado Vanderson –, estiveram na Vila Brasil Ride e conheceram um pouco da estrutura local. “Conhecia o evento de nome e fiquei fascinado com esse mundo da bike e com essa estrutura maravilhosa. A organização está de parabéns”, revelou o investigador, que ainda teve um bate-papo com Mario Roma e Rafael Campos.

FESTA – A festa dessa terceira etapa da Elite Masculina foi sul-americana, com a vitória do chileno Martin Vidaurre (Specialized Factory Racing), que concluiu a prova em 2h31m41s313ms, e do brasileiro Gustavo Pereira (Specialized Racing Br), que levou a melhor por milésimos de segundos (2h33m52s543ms) ante o holandês Hans Becking (Buff Megamo Team; 2h33m53s033ms. O chileno já declarou sua facilidade em trechos rápidos e chegou com mais de 2 minutos de vantagem. A novidade foi Gustavo Pereira, que ainda não tinha alcançado o top 10 na Brasil Ride 2024.

“Hoje foi muito bom. Houve uma mudança no circuito ontem, algo que a gente não esperava. Na primeira volta eu fui um pouco mais tranquilo, a largada foi forte, mas consegui perseguir. Segui com o Tiago [Ferreira] e na segunda volta contra-ataquei o pelotão, que abriu um gap junto com o Hans Becking. Vim trabalhando e tentando diminuir um pouco do meu tempo para os atletas líderes. Foi um trabalho bem executado, consegui baixar bastante o meu tempo na etapa de hoje e na segunda colocação geral. Estou muito feliz. A Brasil Ride é sempre assim para mim. Primeiro e segundo dia eu acabo saindo bastante; do terceiro em diante eu começo a encaixar um ritmo bom ali e ter melhores performances”, destacou o atleta.

Já no Feminino, a holandesa Tessa Kortekaas (Cannondale ISB Sport) garantiu sua terceira prova e a invencibilidade, finalizando com o tempo de 3h02m2s.783ms. A brasileira Karen Olímpio (Soul Cycles Free Force) foi a segunda mais rápida e concluiu em 3h04m15s770ms (diferença de 1m48s987ms). A Suíça Irina Luetzelschwab (Team Bulls Swiss) fez o tempo de 03h07m37s203ms e agora tem diferença de pouco mais de 3 minutos na briga pelo título. Com mais 4 etapas, tudo pode acontecer. Karen revelou que o dia foi favorável pra ela, sem muita subida. “Demorei para encaixar o ritmo, mas consegui, o que aconteceu no meio da primeira volta. Assumi a segunda colocação e andei bastante tempo sozinha, com vento contra, mas consegui manter o segundo lugar. Estou bem feliz com a colocação. Agora vou descansar para aproveitar o máximo dessa super experiência no solo feminino”, relatou emocionada.

O pódio masculino teve presença sul-americana, com a vitória do chileno Martin Vidaurre, do brasileiro Gustavo Pereira e do holandês Hans Becking (Créditos: Wladimir Togumi/ Brasil Ride)

A holandesa Tessa Kortekaas segue liderando a elite feminina (Créditos: Ney Evangelista/ Brasil Ride)

Acumulado – Com os resultados do dia de hoje, no acumulado masculino, o líder agora é o holandês Hans Becking, com 9h26m33s830ms, seguido do português Tiago Ferreira, com a diferença de 20s087ms e Martin Vidaurre, que está quase 1 minuto atrás do holandês (57s909ms). No feminino, a holandesa Tessa continua na liderança; em segundo lugar está a suíça Irina Luetzelschwab, a 19m17s923ms da vitoriosa, e a brasileira Karen Olímpio, com diferença de 34m28s770ms do lugar mais alto do pódio. (Confira todos os resultados no site da Brasil Ride 2024).

BOX: Ônibus Vassoura

Na etapa anterior, muitos atletas sofreram para garantir a continuação na Ultramaratona. Dos 500 inscritos, apenas 7 tiveram que deixar a competição por terem ultrapassado o tempo-limite regulamentar. O Fundador da Brasil Ride, Mario Roma, explicou que, para esses atletas, e os que abandonam a competição por quebra mecânica ou simplesmente por cansaço, a organização tem o ‘Ônibus Vassoura’, que recolhe os atletas que ficam para trás.

“Assim conseguimos trazer os atletas com segurança até a linha de chegada. Mas este é apenas um dos serviços motorizados que temos. Ao todo, a Brasil Ride conta com cerca de 80 veículos de apoio que ficam no percurso: são as ambulâncias, os moto batedores, as motos dos paramédicos, motos de mídia, carros de mídia, May-Day’s, os carros da hidratação, os carros-madrinha – as caminhonetes Mitsubishi –, tratores e os caminhões que levam toda a estrutura. É uma grande frota”, revelou.

ETAPA 3 – DIA 22/10/2024

SOLO ELITE MASCULINO

1         Tessa Kortekaas           Holanda 03:02:26.783  00:00:00.000

2         Karen Olímpio           Brasil 03:04:15.770  00:01:48.987

3         Irina Luetzelschwab    Suíça 03:07:37.203  00:05:10.420

SOLO ELITE FEMININO 

1         Martin Vidaurre           Chile 02:31:41.313  00:00:00.000

2         Gustavo Pereira            Brasil 02:33:52.543  00:02:11.230

3         Hans Becking           Holanda 02:33:53.033  00:02:11.720

As Etapas da Ultramaratona: 

4ª etapa, dia 23/10 – 101,2 km e 2.670 m de altimetria em Guaratinga

5ª etapa, dia 24/10 – 137,4 km e 2.155 m de altimetria de Guaratinga a Arraial d’Ajuda

6ª etapa, dia 25/10 – 19,7 km e 264 m de altimetria em Arraial d’Ajuda

7ª etapa, dia 26/10 – 47 km e 519 m de altimetria em Arraial d’Ajuda

Brasil Ride: Mais que uma prova, uma etapa em sua vida.

A Vila Brasil Ride amanheceu com sol entre as nuvens; a temperatura e o tempo ajudaram a ‘secar’ o solo (Créditos: Wladimir Togumi/ Brasil Ride)

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